A Construção de Redes de Negócios no Turismo
October 2015
Agora que os meses de Verão terminaram (ou quando estão começando no Hemisfério Sul) estamos na estação intermédia. É este o tempo de olhar para as nossas atividades turísticas locais e para o seu papel na comunidade. Tal como o Turismo liga as pessoas e os lugares no mundo inteiro, também os seus responsáveis têm de se ligar aos outros negócios e serviços públicos do setor para terem sucesso. A construção de redes em Turismo é feita de várias maneiras. Podemos dividir a criação de redes turísticas de muitas maneiras, mas há três principais: redes dentro da atividade ou da profissão, redes com atividades relacionadas e redes com atividades que parecem não ter nada a ver com o Turismo mas que, afinal de contas, podem ter um grande impato nas nossas atividades.
A construção de redes no Turismo é especialmente importante para explicar, a um público muitas vezes cético, os motivos pelos quais é um sector de grande relevância. Apesar de as Viagens e o Turismo terem um grande impato económico positivo, muitas pessoas não entendem como o Turismo está ligado à qualidade de vida de um determinado local. Muitas vezes, os responsáveis que são especialistas na promoção do seu destino a todos os outros, mas não pensam em o fazer quanto à atividade turística junto da população local. É essencial nunca esquecer que, se uma comunidade não apoiar as atividades turísticas, se a comunidade passar a ter a fama de ser insegura ou pouco acolhedora, isso irá não só destruir as atividades turísticas como também prejudicar o seu desenvolvimento e viabilidade económicos. A seguir, deixamos algumas referências, ou dicas, que todos conhecemos mas nem sempre lembramos ou não aplicamos devidamente.
- Fique conhecido. O Turismo é uma atividade que tem tudo a ver com pessoas. Quanto melhor o conhecerem, mais vezes o seu nome será mencionado e isso será bom para o seu negócio. Compareça no maior número de eventos possível. Mesmo em eventos não relacionados necessariamente com o Turismo, desde que os mesmo permitam que adquira visibilidade ou que o passem a conhecer pelo nome. Durantes os eventos troque cartões da empresa. Escreva uma nota de cada cartão que receber, de modo a ter algo de relevante sobre a pessoa que lho entregou. Depois do evento, dê andamento aos novos contatos feitos, ligando ou escrevendo a essas pessoas.
- Nunca seja tímido! Fique acessível. Sempre que conhecer novas pessoas, peça para lhe dizerem algo de suas vidas. Quase todos gostam de falar sobre si próprios e a maioria das pessoas tem uma história única para contar. Levando as pessoas a se abrirem consigo, ficará com uma noção melhor quanto às suas necessidades e de como poderá interagir com elas. Logo que obtenha tais informações, não só poderá conhecer as respetivas necessidades mas também começar a avaliar as da sua comunidade (os seus em termos profissionais) em função dos interesses e aptidões de essas pessoas.
- Não tenha vistas curtas. Alguém pode não estar em posição de o ajudar, mas isso não quer dizer que essa pessoa não virá ser de grande utilidade mais tarde. As boas maneiras fazem uma boa construção de redes. Não feche portas por falta de consideração ou por assumir que apenas tem de ligar a quem tem um “valor” imediato.
- Pergunte aos outros o que pode fazer por eles. As redes estão assentes na premissa sociológica do “capital social”. Esta é uma expressão bonita que pretende explicar que temos de dar aos outros para obter um retorno da parte deles. A melhor maneira de conseguir uma coisa é dar outra. O “capital social” tem uma curta esperança de vida. Para se conservar, as pessoas têm de recordar o seu nome e quem é. Assim, para o conseguir , não limite a sua participação a um só evento. Pelo contrário, fique perante o olhar do público e deixe que fiquem a saber do seu comprometimento com a comunidade. Enquanto se torna um recurso para a comunidade, passará a ser uma pessoa com quem estar, e estas são as que constroem melhores redes.
- Faça voluntariado. Através do voluntariado, não só tornará o seu nome conhecido na comunidade, como poderá conhecer muitas pessoas. Escolha a organização em que pretende ser voluntário com cuidado e seja claro quanto ao tempo e empenho de que dispõe para isso.
- Os cartões de visita empresariais não são obras de arte mas algo que serve fins de grande utilidade. Demasiadas pessoas esquecem que um cartão de visitas empresarial tem de ser legível e que os dados que contem precisam se ser precisos e fáceis de encontrar. Garanta que não há confusão possível entre a letra minúscula “L” e a maiúscula (I), assim como quanto ao que é o número “1” e o que é a letra “I”. Use cores de leitura fácil. Evite colocar informações nas costas do cartão e não o encha com logos, fotos, etc. A regra básica é: Seja Simples Estúpido!
- Use ferramentas de rede ativas e não passivas. As Páginas da Internet são ótimas para facultar informação sobre si a terceiros. Porém, apenas servem para a sua rede se os outros quiserem estabelecer redes consigo. Usar newsletters, chás, encontros ou dias de portas abertas são vias para começar relacionamentos profissionais. Logo que esses relacionamentos estiverem estabelecidos, poderá orientar as pessoas para a sua Página na Internet.
- A construção de redes exige competências organizacionais. É apenas preciso ter uma estratégia para encontrar mais tarde as pessoas com quem está em rede. Pelo que precisa de estabelecer um segundo contato com que se encontrou e de manter ativa a ligação, através dos meios com os quais ambos se sintam mais confortáveis. Pense como é fácil ficar for a do “radar” de alguém.
Nunca esqueça que as pessoas com quem quer estar em rede estão também encontrando muitas outras.