A importância do Turismo na Crise Mundial
August 2014
Os últimos três meses não foram meses fáceis. Politicamente o mundo tem testemunhado algumas das maiores ameaças desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Economicamente, a Europa continua a atravessar um período de ruína, os Estados unidos viram um decréscimo na taxa de desemprego no entanto conta ao mesmo tempo com menos empregados, e aqueles que se encontram empregados exercem cargos de baixa renumeração.
Da perspetiva da segurança, o Médio Oriente está em chamas. A cobardia Europeia e o desejo dos Estados Unidos para liderar da retaguarda criaram um mundo onde os terroristas já não temem represálias, e grupos como o Hamas e o ISIS simplesmente acreditam que podem manipular o público cândido. Os oficiais do Turismo não sabem qual será a próxima jogada da Rússia com a situação da Ucrânia ou com outras nações da Europa do Leste, e ou pela primeira vez em décadas se os líderes militares contemplam silenciosamente uma nova guerra europeia. Tristemente, o mundo está se a tornar acostumado ao rapto de jovens mulheres como utensílio de guerra, um fenómeno não visto ou utilizado desde a idade média. As mutilações massificadas e estatísticas enviesadas tornaram se prática comum e perderam o seu lugar nos noticiários. O crime e homicídio tornaram-se parte do dia-a-dia em muitas cidades. No Brasil, por exemplo, a onda de crime foi contida durante o mundial de futebol, ondas que costumam arrebatar cidades como o Rio de Janeiro regressaram mal se apagaram as luzes no estádio da Maracanhã.
Para além destes problemas, surge ainda a Ébola que ameaça vários países da África Ocidental, gerando um clima de medo em muitos viajantes, relativamente à propagação da doença em outras partes do mundo. Companhias Aéreas e Aeroportos ponderam agora como deverão proteger comunidades locais contra doenças contagiantes pelo ar.
Finalmente devido ao jornalismo viciado, muita gente pelo mundo fora deixou de acreditar nos média. Num mundo de jornalismo pouco trabalhado e corrupto, o direito ao conhecimento do público ficou reduzido à palavra de boca, rumores e um jogo de números.
O Turismo é parte do mundo e o que acontece no campo da saúde, da economia ou em locais de guerra tem impacte em todas as nossas vidas. Por exemplo, quando o Israel teve de implementar o sistema de examinação de passageiros antes destes poderem embarcar, o mundo riu-se, mas hoje em dia os aparelhos de raio x e o processo de remoção de peças de roupa e computadores é completamente normal. Gerações inteiras crescem vendo o processo de viagem aérea como trabalho em vez de diversão e que aeroportos podem ser locais perigosos. O Turismo não pode resolver todos os problemas do mundo, no entanto os líderes em Turismo podem tentar fazer com que seja um mundo menos perigoso.
Aqui estão alguns pontos que os líderes em Turismo devem publicitar acerca da indústria turística.
- O Turismo é um grande gerador de emprego. O Turismo não só emprega milhões de pessoas em todo o mundo, como também o oferece aos mais jovens e menos favorecidos com empregos renumerados. Posições de início de carreira oferecem muito mais do que um salario, ensinando capacidades importantes tais como comunicação, atendimento ao publico e gestão de tempo
- O Turismo não pode assegurar a paz mas oferece um utensílio para a alcançar. Desde que Caim matou Abel que a violência faz parte da humanidade, seria absurdo acreditar que o Turismo é a solução para o fim da Guerra. No entanto, o Turismo pode ser um instrumento na redução do ódio e desentendimento entre povos. Por norma, verifica-se que é mais fácil odiar pessoas abstratas do que indivíduos. Porém para ser um instrumento de paz o Turismo terá de desenvolver programas que permitam o diálogo sério e respeito. Ser, simplesmente, o empregado de mesa de alguém de outra cultura não é o suficiente. O Turismo, o maior veículo de comunicação interpessoal, tem de desenvolver meios criativos pelos quais as pessoas podem superar a xenofobia e iniciar um processo de respeito mútuo.
- Conheça os factos. O Turismo não pode ser divorciado do local na qual está inserido. Conheça os factos. Não dependa apenas na média local, mas desenvolva um concelho de informação que possa providenciar à sua agência, estatísticas fidedignas e realidades. Por exemplo, no caso de uma pandemia, reúna uma equipa de conselheiros médicos que possam atualizá-lo e oferecer à sua agência uma imagem acertada da realidade no seu local.
- Diga a verdade e apenas a verdade. Se o Turismo deseja ser uma indústria credível, os seus líderes têm de dizer a verdade, mesmo que desejassem que a verdade fosse outra da realidade atual. Por exemplo, se a sua indústria estiver inserida numa zona de risco, informe as pessoas das medidas que está a tomar para proteger os visitantes ou se aconselha uma visita numa outra altura. Uma zona de risco pode ser propícia a crime, guerras ou desastres naturais. Não tente lucrar agora à custa da reputação futura.
- Tenha mais do que um plano de gestão de crise. Por exemplo, pequenas empresas de Turismo estão mais suscetíveis à crise do que grandes empresas com mais fundos maneios. Desenvolva um fundo de gestão de crise antes da crise ocorrer, para ajudar estas pequenas empresas a sobreviver nestas alturas mais conturbadas. Da mesma forma, deve ter planos de crises médicas (podem existir uma serie de crises em simultâneo) preparadas para que já tenha listas de pessoas que falem línguas estrangeiras á disposição, implementação de planos de evacuação e de comunicação.
- Desenvolva múltiplos planos de recuperação antes da crise ou das crises ocorrerem. Planos de recuperação devem incluir muito mais do que uma estratégia de marketing. Devem também de contemplar um plano de estabilização económica, uma recuperação física total e um plano de coordenação para as autoridades locais, oficiais de saúde e de governança possam coordenar os seus esforços e apresentar um programa unificado.
- Não discuta em público. A pior coisa que pode acontecer a uma indústria de Turismo em crise é esta entrar em conflito com ela própria em público. As crises são alturas para reunir recursos e não para entrar em conflito com os seus oponentes empresariais ou políticos. Após a crise haverá tempo para resolver estas diferenças.