Museus tornam-se nas novas estrelas da indústria do Turismo
July 2014
Durante muitos anos, os museus foram locais onde as pessoas afirmavam que deveriam de visitar mas que frequentemente ignoravam, escolhendo algo que consideravam mais divertido. No entanto num estudo aprofundado da revista britânica, “The Economist” (21º Edição dezembro) essa tendência aparenta estar a mudar de rumo. O artigo informa que os museus hoje em dia estão a atrair visitantes em quantidades impensáveis há alguns anos atrás. Os Museus deixaram de ser apenas uma opção no mundo das viagens, tornando-se atrações principais. A seguinte lista foi retirada do “The Art Newspaper”, enumera os dez museus de arte mais populares de 2012 (sem dados para 2013).
- The Tate: Londres, Inglaterra
- Pompidou Centre: Paris, França
- Museu de Arte Moderna: Cidade de Nova Iorque, EUA
- Reina Sofia: Madrid, Espanha
- Galeria Saatchi: Londres, Inglaterra
- Instituto de Arte Moderna: Valência, Espanha
- Museu Nacional de Arte Moderna e Contemporânea, Seoul, Coreia do Sul
- Museu Guggenheim, Nova Iorque, EUA
- Museu Picasso, Barcelona, Espanha
- Museu Mori, Tóquio, Japão
É interessante observar que à exceção de apenas dois museus os outros 8 encontram se nas principais cidades Euro-Americanas.
As pessoas vêm ver não só a coleção dos museus, como também a sua arquitetura. Para além disso a variedade de tipologia de museus está em crescimento: desde o museu de arte clássica até ao museu de ciência para crianças com atividades práticas, dos museus que contam a história de uma nação o povo até aos museus que nos levam a locais onde a maioria das pessoas jamais irá visitar , como o espaço. Tradicionalmente, os museus seriam financiados por dinheiro publico, mas no novo mundo, onde os governos têm pouco poder económico e a população está cada vez menos interessada em pagar impostos para a cultura, muitos museus viraram se para o financiamento privado. Para o ajudar a decidir que tipo de museu se adequa melhor à sua comunidade “Todo Turismo” apresenta as seguintes sugestões.
- Saiba quem vai ser a sua audiência. Está a planear um museu para uma audiência local, regional ou internacional. Quem atrai para o museu muitas vezes depende de onde se encontra localizado, da demografia da sua região e o estado do transporte público ligado ao seu museu.
- Procure financiamento cedo e frequentemente. Grandes instituições tendencialmente conferem financiamento, por localização, como tal museus de tamanho médio localizados em capitais nacionais ou comerciais poderão, eventualmente, estar em vantagem. Conheça a sua situação e que tipo de empresa estaria disposta a contribuir para a cultura na sua área do mundo.
- Pense na vizinhança em que está localizado. Nem os museus mais conceituados do mundo vivem em “vácuo”. Por exemplo, o Louvre (Paris, França) é um dos mais conceituados museus mundiais e a sua famosa Mona Lisa atrai até 30,000 visitantes diariamente, no entanto o museu atrai também carteiristas. A sua entrada em forma de pirâmide não só é famosa, como também é um íman para carteiristas! Os visitantes contam para a sua experiência turística global de visita ao museu, tudo desde a vizinhança, a experiência de estacionamento até às suas opções de jantar ao jantar.
- Museus vazios podem ser belos mas estão vazios. Apesar do “boom” de construção de novos museus, o que conta é o que se encontra dentro do museu. Demasiados museus cometeram o erro de colocar tanto ênfase na arquitetura do museu que esqueceram-se das exposições. As exposições devem se apresentar, de forma perceptível ao público, com boa luminosidade e sinalização de fácil leitura. Se o seu objetivo é de atrair pessoas de todo o mundo, então deverá pensar nas dificuldades associadas às diferentes línguas e formas de superar as mesmas.
- Pense em tendências demográficas. Por exemplo: Atualmente, a grande maioria dos visitantes aos museus nos EUA tendem a ser americanos com de descendência europeia com um nível de educação mais elevada assim como uma situação financeira mais estável. Apesar das minorias nos EUA comporem atualmente 30% da população os visitantes a museus vêm, predominantemente das maiorias étnicas. Qual será o impacte destas tendências demográficas nos museus do futuro? Será que as exposições correntes terão a mesma relevância para pessoas com contextos diversos? O truque passará então pelo equilíbrio entre as necessidades das comunidades locais e os tipos de visitantes que os museus esperam cativar no futuro.
- Só porque se constroi não quer dizer que o public virá. Os museus não podem contar que o público aceite tudo que o museu exiba. Quer com isto dizer que os museus têm, não só, de integrar as necessidades dos visitantes naquilo que exibem e como o exibem, como também terão de desenvolver parcerias internacionais que permitam a troca de culturas.
- Seja academic e emocional. Os museus são mais uma forma de educação, e muitas vezes a educação depende não só do conteúdo como também da forma de apresentação. Museus bem-sucedidos em todo o mundo são obrigados a aprender como apelar de igual forma à mente do visitante, como ao seu coração e emoções. Alguns dos mais conceituados museus caracterizam-se pelas exibições daquilo que é habitualmente chamado de dark tourism, ou que demonstram como uma tragédia tem uma significância universal.
- Num mundo cada vez mais competitivo os museus terão de encontrar formas criativas de financiar os seus programas. O tempo da dependência dos museus em financiamento público está a chegar rapidamente ao fim. Os museus de hoje precisarão do apoio de “filiações” e instituições privadas. Quer isto dizer que os museus terão de se tornar competentes em assuntos de negócio, não só em como se vendem, como também no que vendem. Os museus terão também, de observar as tendências do mercado atual. Por exemplo os museus de Arte apresentam-se como destinos turísticos cada vez mais populares, enquanto, os museus de história (em especial história local) salvo raras exceções, como da casa Anne Frank (Amsterdão) são cada vez menos populares.