Novas ideias para comercializar a sua marca
March 2013
Um dos chavões atuais em marketing turístico é branding. Sua relação com a mídia social e marketing é muitas vezes discutida em seminários e conferências da área do turismo. Branding é muito mais complicado do que o que a maioria das pessoas imagina. Uma marca no sector do turismo não deve apenas representar algo, mas também deve deixar claro que a marca não representa outra coisa. Por exemplo, em nossa comunidade nós não toleramos serviço de má qualidade. O Todo Turismo deste mês discute branding e mídias sociais.
É sempre o cliente que tem a última palavra sobre se a marca se encaixa ou não. O bom marketing pode fazer muita coisa, mas no final, é o cliente quem decide se a marca funciona ou não funciona. A boa marca sempre tem uma conexão com a realidade. A marca e a realidade da marca têm de estar em sincronia, senão a marca irá falhar.
Faça a sua pesquisa antes de criar uma marca. Há muitas coisas que envolvem uma pesquisa analítica. Primeiro e mais importante é saber quem é o seu cliente. Nenhuma entidade de turismo pode ser tudo para todos. Conheça o perfil demográfico, sociológico e econômico das pessoas que você espera atrair. Em seguida, analise o que você tem para oferecer. Tenha certeza que você compreende qual o nível de serviço pode oferecer ao cliente, o que o seu produto é, e por que alguém iria querer visitar sua localidade. Por fim, nunca se esqueça de que o turismo é um negócio. Pergunte a si mesmo quais são os seus custos atuais e futuros para fazer o negócio, quais os desafios que encontrará pela frente, qual o impacto económico nacional, regional e mundial do seu produto turístico e da sua marca.
Aproveite o tempo não só para analisar os dados, mas também para ligar os pontos. Os dados são bons quando integrados em um padrão significativo. No final, o que quer saber é se está aumentando ou diminuindo a sua quota de mercado em potencial. O que você está fazendo certo ou errado? Os seus clientes estão gastando mais ou menos dinheiro em seu produto turístico? Você integra relatórios de negócios, de TI e financeiro em um único relatório que seja legível e útil? Será que os vários ramos da sua indústria do turismo se comunicam uns com os outros e usam a mesma terminologia e unidades de medida? Os dados que não são possíveis de serem trocados dentro de uma entidade única de turismo seja ela uma atração, um escritório de turismo ou CVB são essencialmente inúteis.
Incentive a inovação e o pensamento fora do convencional. Pessoas realmente inovadoras são raras e muitas vezes se sentem sufocadas. Na verdade, a maioria dos sistemas de ensino são organizados de modo a manter a criatividade a um mínimo. No entanto, o turismo e branding do turismo dependem da inovação, criatividade e o pensamento fora do convencional. Lembre-se de que as pessoas que são inovadoras raramente pensam em uma forma linear. Certifique-se de que essas pessoas entendem os seus dados, e sua visão e depois saia do seu caminho. Não espere que eles sigam as regras da empresa (mas insista para que eles não quebrem a lei). Permita-lhes interagir com pessoas de toda a organização. Raramente as pessoas inovadoras permanecem dentro de sua categoria. Em vez disso, eles encontram ideias de ambos os lados, seja na mineração de dados seja nas interações e cooperações em uma base formal e informal.
Conecte a sua marca a sua estratégia de preços. Se o seu produto turístico é voltado a uma parte específica do espectro económico do turismo então certifique-se de que a marca corresponde ao perfil social das pessoas que você deseja atrair. Em alguns produtos turísticos, como hotéis de luxo, os descontos podem prejudicar a marca mais do que aumentar a receita. Desenvolva estratégias de preços que integrem dados com as motivações subconscientes que estão abaixo da superfície da sua marca.
Crie comportamentos de hábito (como um visitas de repetição) e, em seguida, desenvolva a marca em torno de hábitos do cliente. Isso significa que esses são os lugares que vão por padrão, ou não podemos pensar em outro lugar. No turismo a melhor maneira de formar visitação de repetição (hábitos) é através de um serviço personalizado. Em uma indústria que promete hospitalidade, mas muitas vezes trata seus clientes mais como gado do que como convidados de honra, adicione um toque pessoal. Ensine o seu pessoal a perguntar quando as pessoas vão voltar e usar redes sociais para ficar em contato mesmo quando você não está vendendo nada! Para saber se está criando hábitos de visitação saiba quantas vezes um visitante vai ao seu destino (ocorrência) e quanto o cliente acredita estar recebendo a partir da experiência de turismo (sua utilidade percebida. Onde estas duas linhas se cruzam mede o nível de lealdade da visitação – o hábito de retornar).
Determine não só o que a sua marca é, mas também o que não é. A primeira parte desta afirmação é bem conhecida pelos comerciantes, mas esquecem de fazer pela forma positiva o que não é. Se oferecemos o melhor em atendimento ao cliente, então não toleramos serviço de má qualidade. Se você é um centro de atividades esportivas então não esqueça de deixar claro que o seu destino não é um lugar para ser uma batata de sofá. Lembre-se nenhum destino turístico pode ser tudo ao mesmo tempo e para todas as pessoas. Na criação de uma marca, evite clichês, não copie outro guia (copiando a concorrência, só está elogiando a concorrência e se estabelecendo como o segundo melhor), baseie a sua marca em uma pesquisa séria e não naquilo que pessoas bem-intencionadas dizem que você deve ser.